quarta-feira, 23 de junho de 2010

Lixo Tecnológico: um problema sério

O que você faz com os aparelhos eletroeletrônicos quebrados? Qual o destino que você dá para os CDs ou DVDs que não prestam mais? Quando uma lâmpada queima, o que você faz? Joga no lixo? E as pinhas? E as baterias de celular? Como você descarta os demais resíduos tecnológicos?

De acordo com o Congresso Nacional:
“considera-se lixo tecnológico todo aquele gerado a partir de aparelhos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos e seus componentes, incluindo os acumuladores de energia (baterias e pilhas), e produtos magnetizados, de uso doméstico, industrial, comercial e de serviços, que estejam em desuso e sujeitos à disposição final.”

Todo aparelho eletroeletrônico, ou seus componentes, que esteja em desuso e sujeito ao descarte é considerado lixo tecnológico. Como exemplo, podemos citar cabos e conectores, televisores, celulares, monitores, discos rígidos, CDs, DVDs, pilhas, baterias, lâmpadas e muitos outros.

Esse lixo, embora pareça inofensivo, é altamente prejudicial. São muitos os efeitos gerados pelo contato direto ou indireto com os metais pesados, que podem causar danos a toda e qualquer atividade biológica. Algumas respostas são predominantes, as vezes agudas outras crônicas. Muitas vezes as respostas são tardias, o que dificulta o diagnóstico da patogênese por perder a relação direta. (MOREIRA, MOREIRA, 2004 apud SILVA, MARTINS, OLIVEIRA, 2007, p. 14).

Poucas pessoas sabem que o mercúrio, presente em lâmpadas fluorescentes e pilhas, é altamente tóxico, possuindo efeito acumulativo no organismo, podendo causar mutações genéticas e distúrbios renais e neurológicos. Para ter ideia do perigo do mercúrio, uma dose de apenas 3g é fatal. O chumbo, encontrado em grande quantidade em tubo de raios catódicos (CRT) e soldas, afeta o sistema nervoso, causando diversos distúrbios. O cádmio, que está presente na constituição de computadores, monitores de tubo e pilhas, acumula-se em diversos órgãos; causa intoxicação crônica e pode gerar descalcificação óssea, lesão renal, enfisema pulmonar, deformação fetal e câncer (SILVA, MARTINS, OLIVEIRA, 2007, p. 14). Os efeitos de outras substâncias presentes nos componentes eletrônicos - como o PVC e outros metais pesados - são tão perigosas para a saúde quanto as que foram citadas anteriormente.

Por isso, antes de descartar um componente eletrônico, lembre-se: você pode envenenar e matar alguém.




Referência:

MARTINS, Dalton Lopes; OLIVEIRA, Flávia Cremonesi de; SILVA, Bruna Daniela da. Resíduos Eletroeletronicos no Brasil. Santo André, 2007. Disponível em: http://www.lixoeletronico.org/system/file/lixoeletronico_02.pdf. Acesso em 23 de jun. de 2010.


Artigos Indicados:
O lado B da tecnologia
Resíduos Eletrônicos no Brasil
Brasil, desenvolvimento e lixo eletrônico III - O que falta para a sustentabilidade?



Vídeo Indicado:

Reciclatgem de lixo eletrônico

3 comentários:

  1. Eu, não sabia que os resíduos tecnológicos que antes de ler esta página, eu jogava em qualquer lugar era tão prejudicial a saúde, o meio ambiente.
    Obrigado Marcos por publicar algo imensamente importante para nossas vidas. Espero que você publique possíveis soluções, assim saberei o que fazer com o lixo tecnológico.
    Prabéns!

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  2. Poucas pessoas sabem do perigo gerado ao se jogar um aparelho eletrônico no lixo. É preciso muito mais divulgação, por parte do governo, para mostrar os efeitos causados por esse problema. Cada tipo de lixo deve ser tratado de acordo com o seu grau de periculosidade e deve ser descartado nos locais indicados pelos fabricantes ou de acordo com o material que o constitui.

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  3. Parabéns pela postagem, pode-se perceber que o lixo tecnológico é uma grande problemática,percebe-se que existe uma falta de informação quanto aos locais que o lixo deve ser descartado, além de que deve-se encontrar métodos de reutilizar esses aparelhos.

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